Tudo Sobre Reabsorção Dental: Interna e Externa

Tudo Sobre Reabsorção Dental: Interna e Externa

A reabsorção dental é a perda de tecido dentário causada por células clásticas, podendo ser classificada em reabsorção externa, que afeta a superfície radicular devido a traumas ou infecções, e reabsorção interna, que ocorre na cavidade pulpar. O tratamento depende do tipo e gravidade da reabsorção, geralmente envolvendo procedimentos endodônticos ou cirúrgicos para preservar a estrutura dentária.

A reabsorção dental é um processo que pode afetar tanto a parte interna quanto a externa dos dentes, resultando em perda de tecido dentário. Entender suas causas, sintomas e tratamentos é crucial para manter a saúde bucal.

O que é reabsorção dental?

A reabsorção dental é um fenômeno que ocorre quando há perda de tecido dentário, podendo ser classificada como interna ou externa.

Esse processo é causado pela ação de células chamadas osteoclastos, que são responsáveis por reabsorver o tecido ósseo. No entanto, quando essas células agem nos dentes, pode levar à destruição de estruturas dentárias essenciais, como o cimento e a dentina.

Existem diferentes tipos de reabsorção, cada um com suas características e causas específicas. A reabsorção pode ser fisiológica, como a que ocorre naturalmente durante a troca dos dentes de leite, ou patológica, quando é desencadeada por fatores externos como traumas, infecções ou movimentações ortodônticas inadequadas.

Identificar o tipo de reabsorção é crucial para determinar o tratamento adequado e prevenir a progressão do dano. Em muitos casos, a reabsorção é assintomática e só é descoberta em exames radiográficos de rotina, o que destaca a importância de visitas regulares ao dentista para manter a saúde bucal em dia.

Classificação das reabsorções

Classificação das reabsorções

A classificação das reabsorções dentais é essencial para entender como cada tipo afeta os dentes e qual o melhor tratamento a ser aplicado. Basicamente, as reabsorções são divididas em três categorias principais: externas, internas e interno-externas (ou perfurantes).

Reabsorções externas ocorrem na superfície externa da raiz do dente. Elas podem ser causadas por traumas, infecções ou até mesmo por tratamentos ortodônticos. Geralmente, são identificadas através de exames radiográficos, onde se observa uma alteração no contorno da raiz, mas o canal radicular permanece intacto.

Reabsorções internas acontecem dentro da cavidade pulpar. Elas são menos comuns e geralmente resultam de uma inflamação crônica da polpa dentária. Radiograficamente, essas reabsorções se manifestam como um alargamento do canal radicular, e podem progredir até perfurar a estrutura do dente.

Reabsorções interno-externas (perfurantes) são aquelas em que a reabsorção começa na superfície interna, mas progride para a externa, ou vice-versa, criando uma comunicação entre as duas áreas. Esse tipo de reabsorção é mais complexo e pode exigir intervenções cirúrgicas para tratar adequadamente.

Compreender a classificação das reabsorções é fundamental para que dentistas possam diagnosticar corretamente e planejar o tratamento mais eficaz para cada caso, garantindo a preservação da estrutura dentária e a saúde bucal do paciente.

Reabsorções dentais externas

As reabsorções dentais externas ocorrem na superfície externa da raiz do dente e podem ser desencadeadas por diversos fatores, como traumas, infecções, ou até mesmo por movimentações ortodônticas inadequadas. Esse tipo de reabsorção é mais comum em dentes que sofreram algum tipo de impacto ou lesão.

Existem diferentes subtipos de reabsorções externas, cada uma com suas características específicas:

  • Reabsorção Externa Substitutiva: Também conhecida como reabsorção por substituição, ocorre quando o tecido ósseo substitui a raiz do dente. É comum em casos de reimplantes dentários ou após luxações severas.
  • Reabsorção Externa Transitória: É uma reabsorção de superfície que geralmente se resolve sem intervenção, sendo autolimitante e rapidamente reparada pelo próprio organismo.
  • Reabsorção Externa por Pressão: Causada por forças externas, como aquelas aplicadas durante tratamentos ortodônticos, ou pela presença de dentes impactados e cistos. A remoção da causa geralmente interrompe a reabsorção.

O diagnóstico das reabsorções externas é feito através de exames radiográficos, onde se observa a perda de estrutura dentária na superfície radicular. O tratamento varia conforme a causa e a extensão da reabsorção, podendo incluir desde a remoção do fator causador até intervenções cirúrgicas mais complexas.

Entender e identificar precocemente as reabsorções externas é fundamental para que o tratamento seja eficaz e para evitar a progressão do dano, garantindo a saúde e a integridade dos dentes afetados.

Reabsorção externa associada à infecção

Reabsorção externa associada à infecção

A reabsorção externa associada à infecção é uma condição que avança continuamente e está diretamente relacionada à presença de agentes infecciosos dentro do canal radicular. Essa reabsorção é classificada em diferentes tipos, dependendo da localização da perda de tecido dentário: apical, do segmento médio e cervical.

Reabsorção Externa Apical: Ocorre no ápice da raiz e é frequentemente associada a dentes com necrose pulpar e lesão periapical crônica. Essa condição pode levar a um encurtamento da raiz, visível em exames radiográficos, e é geralmente assintomática até que a inflamação periapical desencadeie sintomas.

Reabsorção Externa do Segmento Médio: Localiza-se nos terços médio ou apical da raiz e pode ser consequência de traumas severos, como luxações ou avulsões. A presença de micro-organismos no canal radicular, através de microfissuras ou túbulos dentinários expostos, pode iniciar o processo infeccioso.

Reabsorção Externa Cervical: Ocorre no terço cervical da raiz e é frequentemente identificada através de radiografias, uma vez que é assintomática. Pode ser resultado de micro-organismos provenientes do sulco gengival ou do canal radicular.

O tratamento para reabsorção externa associada à infecção envolve a remoção ou eliminação do fator etiológico presente no interior do canal radicular. Isso pode incluir tratamento endodôntico para controlar a infecção e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos para reparar o dano causado pela reabsorção.

Identificar e tratar a reabsorção externa associada à infecção precocemente é crucial para preservar a estrutura dentária e evitar complicações mais severas.

Reabsorção externa cervical invasiva

A reabsorção externa cervical invasiva, também conhecida como reabsorção inflamatória subepitelial ou reabsorção cervical, é um tipo de reabsorção que ocorre na região cervical da raiz do dente, próximo ao epitélio juncional. Essa condição é frequentemente assintomática e é geralmente descoberta durante exames radiográficos de rotina.

Esse tipo de reabsorção é caracterizado pela invasão de micro-organismos provenientes do sulco gengival ou do canal radicular, resultando em um processo inflamatório no ligamento periodontal. Embora a polpa dentária não esteja diretamente envolvida, a proximidade da reabsorção com a polpa pode, em alguns casos, causar sensibilidade ao calor e ao frio.

A reabsorção externa cervical invasiva pode ocorrer em dentes com polpa viva ou em dentes que já passaram por tratamento endodôntico. Em muitos casos, a origem e a progressão da reabsorção não são completamente compreendidas, e ela pode se manifestar anos após um trauma ou procedimento ortodôntico.

O tratamento da reabsorção cervical invasiva envolve a exposição cirúrgica da lesão, remoção do tecido de granulação e restauração da área afetada. O uso de materiais restauradores, como resina composta ou ionômero de vidro, é comum para selar o defeito. A endodontia pode ser necessária antes da cirurgia, dependendo da proximidade da reabsorção com o canal radicular.

É fundamental que o tratamento seja meticuloso para garantir a remoção completa do tecido reabsorvido e alcançar o tecido saudável, o que é crucial para o sucesso do tratamento e a preservação do dente.

Reabsorções dentais internas

Reabsorções dentais internas

As reabsorções dentais internas ocorrem dentro da cavidade pulpar do dente e podem ser classificadas como inflamatórias ou substitutivas, dependendo do processo patológico envolvido. Esse tipo de reabsorção é menos comum e geralmente é descoberto durante exames radiográficos de rotina.

Reabsorção Interna Inflamatória: Caracteriza-se pela ação de células clásticas que reabsorvem a dentina interna, geralmente devido a uma inflamação crônica da polpa causada por trauma ou infecção. Radiograficamente, aparece como um alargamento ovalado do canal radicular. Pode ser assintomática ou apresentar dor se houver perfuração da coroa.

Reabsorção Interna Substitutiva: Ocorre quando o processo de reabsorção é seguido pela deposição de um tecido rígido, diferente da dentina original, dentro do canal radicular. Essa condição pode levar à obliteração do canal e é frequentemente associada a traumas de baixa intensidade.

O tratamento das reabsorções dentais internas depende da extensão e da localização da reabsorção. Em casos de reabsorção inflamatória não perfurante, a remoção da polpa através do tratamento endodôntico pode interromper o processo. Já em reabsorções perfurantes, o tratamento pode ser mais complexo, envolvendo abordagens cirúrgicas para selar o defeito.

A identificação precoce e o tratamento adequado das reabsorções internas são essenciais para preservar a estrutura dentária e a saúde bucal do paciente.

Reabsorção interna inflamatória

A reabsorção interna inflamatória é uma condição dental em que células clásticas reabsorvem a dentina interna do dente, geralmente como resultado de uma inflamação crônica da polpa. Essa inflamação pode ser causada por traumas ou infecções que afetam o tecido pulpar, levando à ativação das células responsáveis pela reabsorção.

Radiograficamente, a reabsorção interna inflamatória se apresenta como um alargamento ovalado do canal radicular. Em casos onde a reabsorção atinge a coroa, pode ser visível uma mancha rosada através do esmalte, conhecida como “mancha rosa” de Mummery, devido à vascularização do tecido de granulação.

Embora muitas vezes assintomática, a reabsorção interna pode causar dor se houver perfuração da coroa, expondo o tecido ao meio bucal. O dente pode responder ao teste de vitalidade, mesmo que parte da polpa esteja necrosada, pois a porção remanescente pode ainda estar viva.

O tratamento da reabsorção interna inflamatória envolve a remoção da polpa afetada através do tratamento endodôntico, o que interrompe o fornecimento de sangue para as células clásticas e cessa a reabsorção. Em casos de perfuração, o tratamento pode ser mais complexo e requer técnicas cirúrgicas para selar o defeito.

Intervenção precoce é crucial para o sucesso do tratamento, prevenindo a progressão da reabsorção e preservando a estrutura dentária.

Tratamentos para reabsorção dental

Tratamentos para reabsorção dental

Os tratamentos para reabsorção dental variam conforme o tipo e a gravidade da reabsorção, bem como a localização e a extensão do dano. O objetivo principal é interromper o processo de reabsorção, preservar a estrutura dentária e restaurar a função do dente afetado.

Reabsorção Externa: O tratamento geralmente envolve a remoção do fator etiológico, como infecções ou forças externas. Em casos de reabsorção externa associada à infecção, o tratamento endodôntico é necessário para eliminar a infecção dentro do canal radicular. Para reabsorções externas cervicais, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para acessar e reparar a área afetada.

Reabsorção Interna: O tratamento endodôntico é a abordagem mais comum para reabsorções internas, onde a remoção da polpa afetada interrompe o processo de reabsorção. Em casos de reabsorção interna perfurante, pode ser necessário um tratamento cirúrgico adicional para selar o defeito na estrutura dentária.

Reabsorção Substitutiva: Quando a reabsorção resulta na substituição do tecido dentário por tecido ósseo, o tratamento pode ser mais complexo. Em alguns casos, a extração do dente pode ser inevitável, especialmente se a reabsorção comprometer significativamente a estrutura do dente.

Em todos os casos, o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento. Exames radiográficos regulares ajudam a identificar reabsorções em estágios iniciais, permitindo uma intervenção oportuna e eficaz. O tratamento adequado não só preserva a saúde bucal, mas também evita complicações mais severas, garantindo a longevidade dos dentes afetados.

Conclusão

Concluir o tratamento adequado para reabsorção dental é essencial para preservar a saúde bucal e a integridade dos dentes afetados.

Compreender os diferentes tipos de reabsorção, suas causas e os sinais de alerta é crucial para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

Exames radiográficos regulares e consultas dentárias de rotina são fundamentais para detectar reabsorções em estágios iniciais, permitindo intervenções que podem salvar a estrutura dentária.

O tratamento, seja ele endodôntico ou cirúrgico, deve ser personalizado de acordo com a gravidade e a localização da reabsorção, sempre com o objetivo de cessar o processo e restaurar a função do dente.

A colaboração entre o paciente e o profissional de saúde bucal é vital para o sucesso do tratamento, garantindo que todas as etapas sejam seguidas corretamente.

Em última análise, a conscientização e a educação sobre reabsorção dental são fundamentais para prevenir complicações futuras e promover a saúde bucal a longo prazo.

Ao adotar uma abordagem proativa, é possível manter um sorriso saudável e funcional ao longo da vida.

FAQ – Perguntas frequentes sobre reabsorção dental

O que é reabsorção dental?

Reabsorção dental é a perda de tecido dentário devido à ação de células clásticas, podendo ser interna ou externa.

Quais são os tipos de reabsorção dental?

Os tipos principais são reabsorção externa, interna e interno-externa (perfurante).

Como é diagnosticada a reabsorção dental?

A reabsorção é geralmente diagnosticada por meio de exames radiográficos e avaliação clínica.

Qual é o tratamento para reabsorção interna?

O tratamento endodôntico é comum, removendo a polpa afetada para interromper a reabsorção.

A reabsorção dental pode ser prevenida?

Manter boa higiene bucal e realizar consultas regulares ao dentista ajuda a prevenir fatores que podem causar reabsorção.

A reabsorção dental é dolorosa?

Pode ser assintomática, mas em casos avançados, especialmente se houver perfuração, pode causar dor.